Quarta-feira, 21 de Julho de 2004

Deixemos a menina

Este pólen levado pelas correntes ascendentes de calor chega lá ao Olimpo e pronto! É uma chatice! Os Deuses devem estar loucos!
Uma amiga dizia-me outro dia que o blog é “sexuado”. Sexo para aqui, sexo para ali..enfim...o sexo que há em nós!

D.jpg
Todos os mortais, mesmo os Deuses, por vezes necessitam de descanso, repouso, tranquilidade.
Deixemos a menina da foto descansar.


otium cum dignitate (Descanso com dignidade)

Fiquem bem
publicado por Zeus às 10:36
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Segunda-feira, 19 de Julho de 2004

A prosa é Vossa

Saudações do Olimpo!
Hoje farei uma experiência com os meus queridos leitores!
A imagem está aqui!
Façam a prosa!
Ousem nas palavras da melhor forma!

sensualblond.jpg
χρησιμοποιήστε τη φαντασία(Usem a imaginação) (uma graça em Grego)

Fiquem bem
publicado por Zeus às 09:32
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Sexta-feira, 16 de Julho de 2004

Arma Letal

A doce Robina (Bosque da Robina) enviou a imagem seguinte para o Olimpo.

1827068-md.jpg
Arma letal prontamente disponível ao mínimo movimento de incredulidade, duvida ou desconfiança.
Eis a forma como a maior parte dos mortais se apresentam hoje em dia. De costas voltadas para o mundo, e de arma em punho.
No trabalho desconfiam dos colegas e lutam por posições elevadas na ânsia da progressão. Na rua ficam de pé atrás quando alguém se aproxima e apresenta a saudação, ou simplesmente questiona as horas. Não existe ninguém que pelo menos não tenha desconfiado, amotinado, atacado, afrontado vizinhos, amigos, familiares, maridos, mulheres, etc e tal.
São as leis da vida, que regem as sociedades de hoje.

dura lex sed lex (A lei é dura, mas é a lei)

Fiquem bem, divirtam-se e apreciem este “trecho” de Fernando Pessoa.

Se alguém bater um dia à tua porta,
Dizendo que é um emissário meu,
Não acredites, nem que seja eu;
Que o meu vaidoso orgulho não comporta
Bater sequer à porta irreal do céu.
publicado por Zeus às 10:52
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Quinta-feira, 15 de Julho de 2004

Res in vita

Carus amicitia.
Hodie text ero in Latin…
Reddo fiendo laxus.

puestasol1.jpg

Reddo lectulus poema “Fernado Pessoa”.

In theca ut aliquid bang unus dies procul vestri ianua,
Per sententia quam is est ut ut a legatus mei,
Non puto , neque nec quam est ut may aegresco;
Ut meus sterilis alio superbia non habitum
Battuo ut unreal ianua divum.


Os gramáticos discutem (grammatici certant)


Pax vobis, carpe diem
publicado por Zeus às 09:20
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Quarta-feira, 14 de Julho de 2004

Comunicado do Olimpo

zeusnovo1.jpg
Por este e por aquele motivo (um deles trabalho como o caraças) não me encontro em condições de postar seja o que for.
Apelo aos meus queridos mortais que queiram participar no Olimpo para enviarem os seus textos, fotos e afins.


multi sunt vocati, pauci vero electi (Muitos são chamados, porém, poucos escolhidos)


Fiquem bem,
publicado por Zeus às 09:49
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Segunda-feira, 12 de Julho de 2004

Arte de ser Português

A doce Sara do blog da Libelua (referenciado no Olimpo) enviou mais uma das suas prosas, daquelas que já nos habituou.

libelua.jpg
Que há de novo na Arte de Ser Português? Nada, que eu saiba. O português não muda, adapta-se. Não evolui, “desenrasca-se”. Se não, vejamos. Portugal tem uma larga tradição de subserviência, daquelas que se cola às roupas como fumo de farturas na feira popular e vem nos genes assinalando o grupo cromossónico da raça lusa. Na Idade Média partilhámos com toda a Europa um susseranismo que ainda assim não era vénia e respeito mas medo, imposto pelo terror e prepotência . A vénia e o respeito pelo poder começaram mais tarde e não foram impostos pelo medo, nem por outra qualquer forma de coacção, mas tão só por uma espécie de servilismo de subserviência imbecil, temperado a dinheiro fácil. A Alcoviteira que arranjava moças para os padres e para os senhores Fidalgos "Eu sou aquela preciosa, que criava moças aos molhos para os Cónegos da Sé."*; o Senhor Morgado que era abençoado com a virgindade das moçoilas, os senhores Doutores presenteados com cabazadas de ervilhas, galinhas, perús, enfim, mais recentemente, os porteiros sebosos que usam diferentes ângulos de curvatura consoante a importância daquele a quem abrem a porta... exemplos não faltam. Mas a questão fundamental aqui, está em saber onde pára a moderna subserviência e onde e quando começou o culto dos senhores doutores que todos em Portugal admiram, incluindo os próprios. São por excelência uma classe de prestígio assegurado, na justa medida em que nos são providentes. Podem ser gestores, executivos, administradores, médicos, advogados, juristas ... doutores de gabinete, ou simplesmente intelectuais, alguns dos quais políticos. Têm sempre à sua volta um ou dois lacaios, que são capazes de entregar Jesus aos fariseus ou de oferecer a própria alma da mãe, tudo pelo sucesso do seu chefe e pela carreira que o mesmo lhe assegura. São colaboradores ideias. Nunca contestam e dizem sempre o que os senhores que servem precisam de ouvir. São verdadeiras relíquias na administração pública e, quando a secção treme porque há um Ministro que corta no pessoal, eles são sempre os primeiros a alcançar porto seguro.
Mas, como começou a mordomia? Tudo começou nas sogras e nas mulheres dos senhores Doutores que votaram as suas vidas a impor à criadagem o respeitoso título de Sô Doutor: "Maria, faça o pequeno almoço do Sô Doutor e diga que ele não está. O senhor Doutor não pode ser incomodado." A Maria ao telefone: “Lamento, mas o Sô Doutor não está". Depois o tratamento vulgarizou-se e passou a designar todo e qualquer licenciado, mesmo os que o não são.
E todos os dias agora nascem doutores em campos de cebolas adubados de ignorância, mas estes já não devem chegar ao calcanhar dos doutores de gabinete, políticos de carro preto e motorista, homens que gerem as massas, fazem a história e alteram o curso da justiça. É com estes que o português enche a boca toda, embasbacado com a capacidade destes senhores doutores de resolverem as próprias vidas e "lixar" as alheias com artes de palavreado, esquecimento "prolixo" de processos, cabalas, acordos, alcavalas e favores. "Fique descansado. O Sô Tor está a tratar do assunto".
E nessa linha de troca de serviços, nasceram os modernos Alcoviteiros: "O Sô Tor quer meninos? Com certeza Sô Tor é para já... Vamos arranjar ums putos pró Sô Tor. "
E se o Sô Tor é descoberto? "Qual! Arranja-se um bode expiatório e faz-se uma manobra de diversão. Os meios de comunicação fazem o resto. O Shô Tor tem amigos poderosos, safa-se sempre..."
E é assim que aumenta em Portugal a classe dos porteiros sebosos e se mantém a tradição dos Alcoviteiros que arranjam whisky importado, genuínos havanezes, meninas pró bacanal, "putos" para os mais requintados, mas também intrigas, falsos testemunhos, o todo barrado de subserviência e graxa.
E tudo porque o poder é forte e paga bem, ou porque o português não evoluiu e ainda gosta de servir.
No cabo da Europa, vivemos enroscados numa subserviência nacional, qual cão adormecido pronto a saltar à voz do dono. Ah, não me digam que o português não é subserviente!



* Gil Vicente
Auto da Barca do Inferno


Fiquem bem! Hoje não há latim nem referência musical...
publicado por Zeus às 10:49
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Sexta-feira, 9 de Julho de 2004

Trinta e Tais

A doce TrintaPermanente (Equilibrio Instável) enviou para o Olimpo a imagem e prosa que se seguem. Fala da vida de muitos mortais hoje em dia. A geração dos setenta, que tem agora trinta e tais. É uma realidade para muitos, leiam com atenção.

solidao.jpg
Muita gente inveja a vida de solteira(o), mas...eis o que a povoa:

- A SEDUÇÃO foi substituída pelo ENGATE (versão acelerada da sedução sem o encantamento).
Demonstra-se um interesse "relativo" e tenta-se perceber rapidamente se se é
correspondido, sem grandes envolvimentos e riscos.
Já ninguém "paga para ver", ou a coisa é explicita ou, sinais- quem quer saber
deles?
Vive-se a típica aproximação: conhecimento-jantar-cinema ou praia- eventualmente mais um café (uns SMS pelo meio) e...Consequência: inicio
de um relacionamento sem tempo para saborearmos os momentos sedutores, sem deixar nascer o desejo, sem saber se é aquilo que queremos.
- A ATRACÇAO; consome-se de imediato, sem muito a acrescentar, é o que é, e o que vier a mais é pura coincidência.
-OS DESENCONTROS, insistimos em gostar da pessoa errada. E quando finalmente alguém nos deseja, questionamo-nos; porque é que se interessou se outros não o fizeram? Terá algum defeito gravíssimo? Será que ninguém lhe pega? Andará desesperada?
Rejeitamo-la, como se fosse estranhíssimo alguém se interessar por nós.

Não queremos admitir que nos tornámos numas pessoa descrentes, amarguradas, cheias de medos e fantasmas e com baixa auto-estima.
Continuamos a nossa vidinha com a confortável ideia de que nos aparecem pessoas certas na altura errada ou pessoas erradas na altura certa.
Vivemos, assim num estado de falhanço permanente, sem coragem para gostar de quem gosta de nós!

Obviamente que ha um lado irónico e exagerado neste meu comentário, mas dá que pensar n dá?

Agora pergunto:- Quem é que inveja os solteiros?

non ducor, duco (Não sou conduzido, conduzo)


O som hoje é ousado e provoca “desequilíbrios” no mais “equilibrado” dos mortais, “Jamie O'Neal”, “All By Myself”


Um óptimo fim semana para todos vós, aproveitem que agora é que elas estão boas...as sardinhas!
publicado por Zeus às 09:22
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Quinta-feira, 8 de Julho de 2004

São elas

A prosa de hoje é inteiramente dedicada às mortais fêmeas.

sereia.jpg
São elas que povoam os sonhos dos mortais machos;
São elas que transportam no ventre a semente da continuação da espécie;
São elas que são mães;
São elas que dominam a sensibilidade;
São elas que provocam paixões e ódios com a sua sensualidade e beleza;
São elas que provocam desejos carnais;
É fantástico o que elas conseguem!

São maravilhosas queridas mortais fêmeas.

vera incessu patuit dea (Manifestou-se verdadeira deusa pelo andar)

O som hoje é para elas, banda sonora do Diário de Bridget Jones, “Geri Halliwell” , “It’s Raining Men”.


Fiquem bem
publicado por Zeus às 10:55
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Quarta-feira, 7 de Julho de 2004

Velhos tempos

festa.jpg
A expressão “velhos tempos” é amplamente usada pelos mortais quando se querem referir a algo de bom e interessante que lhes aconteceu na vida.
Vejamos, os meus velhos tempos, lá no Olimpo.
Velhos tempos eram aqueles em que as preocupações não eram minhas mas dos outros (entenda-se os pais).
Velhos tempos eram aqueles em que acordar cedo e deitar cedo fazia meramente, parte dos meus projectos de vida.
Velhos tempos eram passados na faculdade, em companhia dos colegas, e amigos.
Velhos tempos eram as “buba party” organizadas pelo pessoal.
Velhos tempos eram aqueles em que comecei a sair do país (Olimpo) e a visitar outros mundos.
Velhos tempos eram aqueles em que enchia o carro (do pai) de pessoal e vínhamos contentes e felizes da praia para a faculdade com 7 ou 8 “manganos” lá dentro.
Velhos tempos eram aqueles passados a estudar durante a noite na companhia dos amigos e as respectivas saídas, para descansar a mente, normalmente na discoteca aqui em Lisboa ou num bar, perto da faculdade.
Velhos tempos eram quando se pegava no carro do pai e se combinava um cafézinho no Algarve (ida e volta na mesma noite).
Velhos tempos eram aqueles em que a prioridade na vida eram deusas, ninfas, “gaijas”, borga e estudo.

Não me queixo minimamente dos meus tempos presentemente. Estes (tempos) também serão “velhos tempos” no futuro.


fugit irreparabile tempus (Foge o tempo irreparável)

O Som hoje é dos “Queen”, “We will Rock you”.

Fiquem bem
publicado por Zeus às 15:55
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Terça-feira, 6 de Julho de 2004

O QUE TU OUSARES!

Outro dia pedi à Montellano (ilustre comentadora do Olimpo) para me enviar uma prosa de sua autoria. Pedi-lhe também ousadia e arrojo.
Eis o que a Montellano escreveu. A foto, como devem imaginar, não é dela, mas sim da forma virtual como ela aparece neste espaço divino.
A todos que queiram participar nas crónicas diárias, já sabem. O mail está à disposição.

mulher2.jpg
O QUE TU OUSARES!

- Mas o que é isso dos blogs? Do que falam?
- Alguns falam de banalidades, outros versam sobre assuntos mais complexos.
Há também os "diários". Em prosa, em poesia, com fotografias, com música...
Alguns autores escrevem textos socialmente aceitáveis, outros gostam de
temas polémicos ou tabu (como a política e o sexo).
- Como é que se sabe se alguém lê o que se escreve?
- Alguns blogs permitem que os leitores deixem marcada a sua passagem
através de comentários.
- Comentários? Do género "gostei muito" ou "ganda treta"?
- Mais ou menos. Alguns autores terminam os textos de forma provocatória
para incentivar as pessoas a comentar. Por exemplo, falar de sexo num post
(que é o texto que afixas) é garantidamente uma forma de veres o número dos
comentários a aumentar. Por vezes, alguns anónimos criticam os textos, são
geralmente muito impertinentes, mas tocam frequentemente nas feridas...
- E nesses blogs os autores falam sobre si próprios? Do tipo "sou o
Alexandre, tenho 21 anos..."?
- Sabes, grande parte deles são anónimos e...
- Ah! Então não há problema em revelar "segredos" e dizer coisas parvas!
- Bem, se o anonimato pode levar a pensar que uma pessoa não tem nada a
esconder, logo, é verdadeira nas suas ideias, existe também o reverso da
medalha. O anonimato pode também servir para se dar uma imagem que não
corresponde à realidade. No fundo, o autor só revela aquilo que quer.
- Então nunca se sabe, como em tudo na net, quem está do outro lado!
- E na tua vida sabes sempre quem tens pela frente?! Pode sempre analisar-se
a forma como o autor escreve e/ou os temas que aborda. Esta é uma análise
que decerto nos diz algo sobre a pessoa.
- Mas afinal, qual é a finalidade de um blog???? Porquê manter à vista de
todos um "diário"? Não é suposto ser algo íntimo?
- Não são todos diários! A maioria serve para trocas de ideias!
- Trocam-se ideias nos cafés, à mesa de um restaurante, num bar. Com as
pessoas ao pé de nós. Porquê investir tempo num blog? Porque isso de
escrever todos os dias deve ocupar algum tempo. É porque não têm objectivos
na vida quotidiana? É porque necessitam ser apreciados pelos outros?

TU, que tens um blog, mostra-te, revela-me... O QUE TU OUSARES!


gratia argumentandi (Pelo prazer de argumentar)

Pink Floyd, é o som de hoje.

Saudações para todos vós
publicado por Zeus às 09:16
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