Sexta-feira, 28 de Janeiro de 2005

Formas de estar e de ser

multidao.jpg

Os mortais têm vindo a criar ao longo da sua existência um “ser” social, por vezes repressor, mas sempre globalizante e indutor de formas de estar e de ser. A sociedade.

Se repararmos, as leis da sociedade são basicamente implícitas. Vejamos;
Elas (as leis) transmitem-se a maioria das vezes através da passagem de testemunho dos pais para os filhos. Por sua vez, estes (os filhos) introduzem pequenas alterações, minúsculas modificações, vivendo, convivendo com elas (as modificações) e esperando a sua vez para as transmitirem aos seus descendentes, que por sua vez promovem novamente pequenas modificações e assim sucessivamente.

Basicamente, é desta forma que a sociedade vem sobrevivendo ao longo da existência dos mortais. Ela (a dita) alimenta-se dos costumes, de formas de ser e de estar.

Esquecem-se os mortais, que toda esta teoria social carece dum elemento muito importante. A vida de cada um. Todo o indivíduo tem o direito de viver da melhor forma que sabe e pode. Desde, como é obvio, se encaixe na dita (sociedade).


primum vivere, deinde philosophari (Primeiro viver, depois filosofar)


Um óptimo fim de semana para todos vós,
Fiquem bem,
publicado por Zeus às 11:58
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Quarta-feira, 26 de Janeiro de 2005

PHI e a Divina Proporção

O Aquiles, surpreendente como sempre diz-nos o seguinte;


phi.jpg

Agora que estão na moda os cultos "Da Vincianos"...apresento, a quem não conhece, o número PHI (lê-se fi).
Todos nós já ouvimos falar em número PI. É o irracional mais famoso da história, com o qual se representa a razão constante entre o perímetro de qualquer circunferência e o seu diâmetro. Não confundir com o número Phi.

O número Phi (letra grega que se pronuncia “fi”) apesar de não ser tão conhecido, tem um significado muito mais interessante.

Em 1200... Leonardo Fibonacci um matemático que estudava o crescimento das populações de coelhos criou aquela que é provavelmente a mais famosa sequência matemática, a Série de Fibonacci.

A partir de 2 coelhos, Fibonacci foi contando como eles aumentavam a partir da reprodução de várias gerações e chegou a uma sequência onde um número é igual a soma dos dois números anteriores

1 1 2 3 5 8 13 21 34 55 89...

1+1=2
2+1=3
3+2=5
5+3=8
8+5=13
13+8=21
21+13=34
E assim por diante.

Aí entra a 1ª "coincidência". A proporção de crescimento média da série é... 1,618. Os números variam, um pouco acima às vezes, um pouco abaixo mas a média é 1,618.

Então, essa descoberta de Fibonacci abriu uma nova ideia de tal proporção que os cientistas começaram a estudar a natureza em termos matemáticos e começaram a descobrir coisas fantásticas.

-A proporção de abelhas fêmeas em comparação com abelhas machos numa colmeia é de 1,618;

-A proporção que aumenta o tamanho das espirais de um caracol é de 1,618;

-A proporção em que aumenta o diâmetro das espirais das sementes de um girassol é de 1,618;

-A proporção em que se diminuem as folhas de uma árvore à medida que subimos em altura é de 1,618;

-E não só na Terra se encontra tal proporção. Nas galáxias as estrelas distribuem-se em torno de um astro principal numa espiral obedecendo à proporção de 1,618.

Por isso, o número Phi ficou conhecido como A DIVINA PROPORÇÃO.

Bom, por volta de 1500 com o Renascentismo, a cultura clássica entrou na moda... Michelangelo e principalmente Leonardo da Vinci, grandes amantes da cultura pagã, colocaram esta proporção natural nas suas obras. Mas da Vinci foi ainda mais longe. Ele como cientista, utilizava cadáveres para medir a proporção do seu corpo e descobriu que nenhuma outra coisa obedece tanto à DIVINA PROPORÇÃO como o corpo humano... obra prima de Deus.

Por exemplo:

-Meça a sua altura e depois divida pela altura do seu umbigo até o chão; o resultado é 1,618.

-Meça o seu braço inteiro e depois divida pelo tamanho do seu cotovelo até o dedo; o resultado é 1,618.

-Meça os seus dedos, ele inteiro dividido pela dobra central até a ponta ou da dobra central até a ponta dividido pela segunda dobra. O resultado é 1,618;

-Meça a sua perna inteira e divida pelo tamanho do seu joelho até o chão. O resultado é 1,618;

-A altura do seu crânio dividido pelo tamanho da sua mandíbula até ao alto da cabeça. O resultado 1,618;

-Da sua cintura até a cabeça e depois só o tórax. O resultado é 1,618;

(considere erros de medida da régua ou fita métrica que não são objectos acurados de medição).

Tudo, cada osso do corpo humano é regido pela Divina Proporção.

Coelhos, abelhas, caramujos, constelações, girassóis, arvores, artes e o homem. Coisas teoricamente diferentes, todas ligadas numa proporção em comum.

Então até hoje essa é considerada a mais perfeita das proporções. Meça seu cartão de crédito, largura / altura, seu livro, seu jornal, uma foto revelada.

Encontramos ainda o número Phi nas famosas sinfonias como a 9ª de Bethoven e em outras diversas obras.

Então, isso tudo seria uma coincidência?...ou seria o conceito de Unidade com todas as coisas sendo cada vez mais esclarecido para nós?

Um abraço.

Aquiles

Fiquem bem,
publicado por Zeus às 13:57
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Sexta-feira, 21 de Janeiro de 2005

Compilações

O Aquiles propôs algo no artigo de 11 Janeiro de 2005.
Aqui fica o resultado das participações dos meus queridos mortais.
A compilação é dele (Aquiles).

LIVROS.jpg
Muito obrigado pela adesão. Fui, por Zeus, incumbido de fazer a compilação dos diferentes contributos. Peço desculpa pelo atraso. Por vezes tenho necessidade de me ausentar em busca de Helenas de Tróia e outras conquistas...

A ideia inicial não era esta, mas não resulta mal. Obviamente os comentários aos co-bloguistas não têm qualquer significado, até porque não os conheço e, portanto, não se deverão sentir ofendidos. Não passam de personagens fictícias apenas com o intuito de dar forma ao texto.

Um abraço.

Aquiles.

"Matilde era uma rapariga vulgar. Tinha 21 anos de idade, uma educação decente, pertencia à classe média, estudava numa universidade pública, numa cidade média, Coimbra. Tinha acabado de chegar ao meio académico que a recebia com relativa indiferença. A aldeia de onde viera sucumbia ao êxodo das suas gentes em busca de melhores oportunidades de vida. Ela nunca se identificara com as maneiras, com os costumes dos conterrâneos. Faltava-lhe algo mais e esse algo poderia ser conseguido com a "fuga" para a cidade.

Matilde tinha amigas, obviamente. Robina era a mais sonhadora de todas elas e incutia em Matilde o lado mais belo da vida. Robina acreditava que o mundo não era uma imensa zona cinzenta, ela via no lado branco em que se encontrava todas as cores do arco-íris fundidas num espectro. E Matilde gostava dela, mas pensava que se não tomasse uma atitude, se não trabalhasse, os seus conselhos, por melhores que fossem, apenas contribuiriam para o seu definhamento moral, físico e intelectual.

Matilde apesar de não possuir uma beleza estonteante é uma rapariga bastante interessante, embora a sua timidez e a sua forma de vestir, não o permita revelar. Desde de pequena que andava candidamente nua pelo seu quarto, habituando-se a observar o seu corpo. O prazer que tinha ao observar-se era tão grande que por vezes se transformava em prazer físico... imaginava-se deusa do amor e da beleza sensual, mais especificamente do amor carnal. Sentia-se capaz de seduzir a todos, deuses ou mortais, qual Afrodite.

Os anos passaram. Matilde fez-se mulher. Bela por sinal. Nesta altura o curso estava quase no fim.
No entanto após ter atingido o objectivo de tirar a Licenciatura, a sua vida atingiu um enorme vazio. Os dias eram todos iguais sem qualquer tipo de sabor. Andava de acordo com a maré. Não conseguia suportar mais esta situação e decidiu pôr fim a essa vida monótona e sem sentido. Então...

Conheceu João Maria, um empregado de mesa colega de trabalho, num dos muitos "part-time's" que arranjou para ajudar a financiar os estudos. A cidade, mais propriamente a capital, é um espaço de equívocos que a muitos conforta dada as suas dúvidas e inseguranças existências, Matilde era a outra palavra para a dúvida. Estranhamente era das mulheres mais seguras que o mundo conhecera, de tão consciente da sua alma selvagem inspirava desconforto nas maiorias, quer políticas quer sociais...isso atraiu João Maria, um contestatário ligado a movimentos políticos de esquerda, muito activo a nível associativo. Mas João Maria não era rico e o trabalho dava-lhe a independência financeira necessária para não depender dos pais, nem de ninguém.

Matilde conhecera muitos homens no seu percurso académico, mas nenhum deles a fazia sentir-se tão bem como João Maria. Inclusive tinha cometido algumas loucuras, como aquela relação com Cláudia, o transexual. Acabara de experiência a primeira aventura sexual com um homem. Ele tinha trinta e tal anos, preto, de braços possantes e duros. Pedira-lhe em namoro por telefone. Ele, em Lisboa. Ela, em Coimbra. Matilde encontrava-se num nova fase da sua vida e aguardava impaciente pelo próximo encontro com Cláudia. Não se incomodava com as tendências de Cláudia. Estava na fase da experimentação e tudo a divertia.

Mas agora estava na altura de assentar. Encontrara alguém ao lado de quem poderia ser feliz.
Matilde, era ambiciosa, quando chegou a Coimbra, deparou-se com um novo Universo, afinal o ambiente académico muda a personalidade de qualquer um...cresceu, divertiu-se, fez grandes amizades, mas Coimbra não é cidade para alguém como Matilde, ela queria mais...uma cidade mais cosmopolita!! Partiu com João Maria para o Porto. Ficaram juntos, fizeram muito amor, fizeram um filho.

A vida prega-nos partidas, por vezes. Numa análise de rotina Matilde descobre que tem sida. A promiscuidade da grande cidade, os homens que conhecera...e o pior é que estava grávida de Helena.

"As mulheres seropositivas podem passar o vírus ao filho durante a gestação, no momento do parto e através do aleitamento, portanto, devem reflectir bem sobre essa possibilidade antes de engravidar. Caso o pai seja seropositivo e a mãe seronegativa, existe já a possibilidade de fazer fertilização in vitro com esperma «lavado», ou seja, utilizando apenas os espermatozóides que não estejam infectados. Este sistema, contudo, tem ainda um risco de transmissão de um por cento e não está disponível comummente.

A mulher que descobre ser seropositiva já depois de estar grávida pode, como qualquer outra pessoa, iniciar o tratamento com medicamentos anti-retrovíricos, para controlar a multiplicação do vírus. Desta forma, evitará complicações durante a gestação, embora a terapia apresente tanto vantagens como efeitos nocivos para a saúde da mãe como do bebé. Se a mãe já estava a fazer tratamento antes de engravidar, deverá continuar a fazê-lo, seguindo as instruções do médico."

In InfoSida, www.roche.pt

Um abraço a todos. Obrigado a Robina, Marina, Menina Marota, Cláudia, Afrodite, João Maria, Borboleta, Blueshell e Helena.


Fiquem bem,
publicado por Zeus às 12:41
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Quarta-feira, 19 de Janeiro de 2005

Na marra

coragem.jpg
Existem determinadas situações na vida dos mortais em que é preciso dar a cara, em que é necessário mostrar duma forma incondicional quem somos, o que valemos. Sem a mínima dúvida, em absoluto, na marra!
Por vezes os mortais têm que provar a si próprios ou a terceiros o que valem o que são, quem são.
Infelizmente a coragem trai muitas vezes estas atitudes e tomadas de posições.

Não esqueçamos, queridos mortais, que é necessário coragem para evoluir no jogo da vida.


Os cobardes morrem várias vezes antes da sua morte; / O homem corajoso experimenta a morte apenas uma vez
Shakespeare

Fiquem bem,
publicado por Zeus às 10:46
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Terça-feira, 11 de Janeiro de 2005

Histórias

O Aquiles propõe algo interessante.
Participem meus caros amigos.

testbag.gif
...Que, espero, se torne num best-seller.

Meus amigos, a proposta é a seguinte. Eu inicío aquilo que espero se possa vir a considerar uma história, um conto, um romance ou apenas a benigna intenção de nisso se tornar. Identifico com um número o meu trecho (neste caso o nº 1) e os meus amigos co-bloguistas, se assim o entenderem, aportam o vosso contributo ao referido excerto identificando com o número seguinte (neste caso o nº2) o vosso texto. Possivelmente haverá situações de duplicação de temas de continuidade, mas não faz mal. Antes abundância que míngua. Então aqui vai...

"Uma História Banal...01

Matilde era uma rapariga vulgar. Tinha 21 anos de idade, uma educação decente, pertencia à classe média, estudava numa universidade pública, numa cidade média, Coimbra. Tinha acabado de chegar ao meio académico que a recebia com relativa indiferença. A aldeia de onde viera sucumbia ao êxodo das suas gentes em busca de melhores oportunidades de vida. Ela nunca se identificara com as maneiras, com os costumes dos conterrâneos. Faltava-lhe algo mais e esse algo poderia ser conseguido com a "fuga" para a cidade."

P.S.: Sugiro não mais de 4-5 linhas para não se tornar demasiado cansativo.

Aquiles
publicado por Zeus às 09:37
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Sexta-feira, 7 de Janeiro de 2005

Quando Chove

semrosto.jpg

As coisas vulgares que há na vida não deixam saudade,
Só as lembranças que doem ou fazem sorrir,
Há gente que fica na historia, da historia da gente,
E outras de quem nem o nome lembramos ouvir.

É o que a divina musa Mariza celebra com sua voz celestial, num poema lindíssimo. Chuva.

Ora, meus caros amigos mortais. Estas palavras devem servir como linha orientadora da vida. Projecção para o futuro, pôr de lado as banalidades.
Lutar pelo que se deseja!
Bom inicio de Ano.


ad augusta per angusta (Não se vence na vida sem lutas)


Fiquem bem,
publicado por Zeus às 14:17
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